domingo, 25 de fevereiro de 2024

A importância do diagnóstico precoce nos casos dos Transtornos do Neurodesenvolvimento


Autora Keity Valim(*)

 

A Neuropsicologia é a interface da Neurologia com a Psicologia.  A Neuropsicologia se detém a estruturas e funcionamento cerebral, mas não deixa de lado o comportamento humano e as emoções. 

O aumento de psicólogos especialistas em Neuropsicologia tem aumentado no Brasil, mas ainda sim temos uma defasagem de profissionais em algumas regiões do país.

São os neuropsicólogos que auxiliam no diagnóstico de crianças e adultos em questões relacionadas a lesões cerebrais e doenças.

Nos últimos anos tem aumentado o diagnóstico dos transtornos do neurodesenvolvimento. Os Transtornos do neurodesenvolvimento fazem parte de um grupo de transtornos que podem interferir na aquisição, retenção ou aplicação de alguma(s) habilidade(s). As funções cognitivas impactadas podem ser a memória, a atenção, o planejamento, a inteligência entre outras funções.

Fazem parte do grupo de transtornos do desenvolvimento: Transtorno de desenvolvimento intelectual, Transtornos de comunicação, Transtorno do Espectro Autista (TEA), Transtorno do Défiict de Atenção e Hiperatividade (TDAH), Transtorno Específico de Aprendizagem, Transtornos motores.

Muito se fala do aumento no diagnóstico dos Transtornos do Neurodesenvolvimento, mais especificamente o Transtorno do Espectro Autista e o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade.  A Neuropsicologia apresenta papel importante no aumento dos diagnósticos, pois traz a possibilidade de melhor compreensão do funcionamento cerebral dos indivíduos com esses transtornos o que também possibilita melhor intervenção e como consequência a mais possibilidade de melhora do paciente.     

O diagnóstico precoce é importante nos transtornos do neurodesenvolvimento porque possibilita ao paciente maior efetividade no tratamento e prognóstico de melhor evolução.

Quando falamos do Transtorno do Espectro Autista, a dificuldade para o diagnóstico é a falta de instrumentos validados no Brasil quando pensamos em crianças menores de 3 anos. No caso do TEA, no Estados Unidos os diagnósticos são feitos em crianças com idade média de 3 e 4 anos, mas os pais já começam a notar os comportamentos no primeiro ano de vida. No Brasil, as crianças tem recebido diagnósticos aos 6/7 anos. Uma das consequências desse diagnóstico tardio agrava significativamente os comportamentos.

É imprescindível falar que em qualquer doença ou transtorno o diagnóstico precoce salva vidas!!

No caso dos transtornos do neurodesenvolvimento, o diagnóstico precoce possibilita um encaminhamento especializado para a  melhora o funcionamento do paciente.

O diagnóstico precoce só será feita com mais expressividade se informações sobre os transtornos foram disseminadas pela  sociedade, além disso é necessário mais investimento em pesquisa, para que profissionais de saúde, como os neuropsicólogos tenham mais ferramentas para trabalhar.

É preciso pulverizar mais informações sobre transtornos que são mais comuns do que se imagina, como a dislexia e o TDAH.

 Fonte:

PESSIM, Larissa Estanislau; FONSECA, Bárbara e RODRIGUES, Ms Bárbara Cristina. Transtornos do espectro autista: importância e dificuldade do diagnóstico precoce:

 

 *KEITY TEIXEIRA FONSECA VALIM  -CRP/SP 06/101982











- Psicóloga – Especialista em Neuropsicologia pelo Cepsic/FMUSP;

- Experiência como coordenadora pedagógica e em consultoria educacional;

- Atualmente atua com avaliação neuropsicológica e psicoterapia; e

-De acordo com suas próprias palavras:" Há 1 ano, 1 mês e 7 dias, mãe da Valentina que me fez mãe atípica e que me mostra todos os dias que essa vida é para ser feliz."

Nota do Editor:

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